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Receita da Paz

Receita de Paz

Ora com mais confiança em Deus.

Trabalha um tanto mais.

Serve com mais alegria.

Age mais caridosamente.

Desculpa as faltas alheias com mais compaixão pelos ofensores.

Usa mais calma, particularmente nas horas difíceis.

Tolera, com mais paciência, as situações desagradáveis.

Coloca mais gentileza no trato pessoal.

Emprega mais serenidade na travessia de qualquer provação.

E, assim, com a benção de Deus, encontrarás mais segurança e paz, nas estradas do tempo, garantindo-te o êxito preciso nos deveres de cada dia, a caminho da vida maior.

Autor: Emmanuel Psicografia de Chico Xavier

Valorize-se

Valorize-se

Somos cobrados por tantas coisas em nossa vida profissional que muitas vezes sofremos o efeito contrário: somos compassivos com pessoas e situações nas quais temos o poder ou vulgarmente estamos com a faca e o queijo na mão. Por exemplo: quantas vezes recebemos um prato no restaurante que não estava de acordo e não reclamamos?
Quantas vezes percebemos um vendedor se fazer de besta quando entramos numa loja e mesmo assim insistimos em ser atendidos?
Quantas vezes falamos bom dia/boa tarde e não obtemos resposta?
Se nos conformarmos com estas situações diárias, acabamos tornando-nos parte de uma massa que aceita e é manipulada.
Você pode fazer a diferença apenas com uma atitude: valorize-se. Aprenda que você vale muito e tenha seus direitos assegurados. Não temos que aceitar qualquer coisa. Se algo nos fere em nossos direitos, temos que lutar... isso não quer dizer ser intolerante e abusivo, mas muitas vezes deixamos para lá direitos que não poderíamos desprezar. Como o direito de ser atendido e respeitado, direito de receber algo de acordo com o pedido, direito de questionar, direito de se arrepender....
Valorize-se. Aprenda a se dar o valor que você merece!
Não aceite qualquer coisa quando é você quem decide.

SIMONE CASTILLO - Textos motivacionais sobre comportamento no trabalho.
Site: www.simonecastillo.com.br

Derrotas

Derrotas

Derrotas são resultados, mesmo que não sejam os resultados esperados.
Elas não acontecem são criadas.
Elas mostram que alguma coisa foi realizada de um jeito errado.É fundamental não repetir os erros que os outros já cometeram não desperdice seu tempo num esforço a toa.
Não gaste seu tempo inventando a roda.
Aproveite os erros dos outros. Se for cometer erros pelo menos cometa erros novos.
O campeão tem fascínio por novas conquistas, não para receber novos aplausos, mas sim para conhecer sua força.
A acomodação é o ultimo estágio antes da morte.
Estar vivo é estar em crescimento permanente e crescer dá trabalho, por isso muitos não passam da mediocridade.
Crescer não é para covardes.
O campeão sabe que novas conquistas são resultados de novos aprendizados.
Não abra mão do que é importante para você, temos que Ter a idéia de que criamos nossos resultados em um ambiente competitivo, temos que estar atento ao time adversário e saber que ele tem o mesmo objetivo que o nosso, que ele vai tentar anular nossas melhores jogadas, explorar nossos pontos fracos e tentar de todas as formas superar nossa equipe.
O campeão em vez de reclamar ele trabalha, planeja suas jogadas testa experiências novas, sua a camisa a cada minuto para conseguir vencer.
Sabe que sua conquista depende dos resultados que obtiver.
Não tem ódio de seus adversários.
Admira suas qualidades, aprende com eles e tem um prazer indescritível em superá-los.
Está na hora de pensar que na verdade estamos todos apostando uma corrida em que todos querem ser os primeiros e que não existe outro jeito a não ser nos prepararmos para ela.
O PRAZER DE SER BOM É A MAIOR RECOMPENSA QUE O CAMPEÃO PODE RECEBER.
Portanto concentre-se no seu treino. Se nos damos por inteiro vamos Ter resultados por inteiro.

Prof. João Gualberto Neiva de Mesquita

Lá na infância

Lá na infância
Martha Medeiros

Zero Hora.com 27/01/08, n° 15492

Por mais que tenhamos recebido afeto, é na infância que começamos a nos formar e a nos deformar.


Qualquer pessoa que já tenha se separado e tenha filhos sabe como a gente se preocupa com a reação deles e procura amenizar qualquer estrago provocado por essa desestruturação. É preciso munir-se de muito respeito, delicadeza e amor para que essa ruptura seja bem assimilada e não produza traumas e inseguranças.

Muito do que somos hoje, do que sofremos e do que superamos, tem a ver com aquele lugar chamado "infância", que nem sempre é um paraíso. Por mais que tenhamos brincado e recebido afeto, é lá na infância que começamos a nos formar e a nos deformar através de medos, dúvidas, sensações de abandono e, principalmente, através da busca de identidade.

Por tudo isso, estou até agora encantada com a leitura de Marcas de Nascença, fenomenal livro da canadense Nancy Huston e que deixo como dica antes de sair de férias. O livro é narrado por quatro crianças de uma mesma família, em épocas diferentes, todas quando tinham seis anos: primeiro, um garotinho totalmente presunçoso, morador da Califórnia, em 2004. Depois, o relato do pai dele, quando este também tinha seis anos, em 1982. A seguir, a avó, em 1962, e por fim a bisavó, em 1944. Ou seja, é um romance genealogicamente invertido, começando logo após o 11 de Setembro e terminando durante a Segunda Guerra Mundial, mas é também um romance psicanalítico, e é aí que se torna genial: relata com bom humor e sem sentimentalismo todo o caldeirão de emoções da infância, mostrando como nossas feridas infantis seguem abertas a longo prazo, como as fendas familiares determinam nossos futuros ódios e preconceitos e como somos "construídos" a partir das nossas dores e das nossas ilusões. Mas tudo isso numa narrativa sem ranço, absolutamente cativante, diria até alegre, mesmo diante dessas pequenas tragédias íntimas.

A autora é bastante conhecida fora do Brasil e ela própria, aos seis anos, foi abandonada pela mãe, o que explica muito do seu fascínio sobre as marcas que a infância nos impõe vida afora. É incrível como ela consegue traduzir os pensamentos infantis (que muitas vezes são adultos demais para a idade dos personagens, mas tudo bem), demonstrando que toda criança é uma observadora perspicaz do universo e que não despreza nada do que capta: toda informação e todo sentimento será transformado em traço de personalidade.

Comecei falando de separação, que é o fantasma familiar mais comum, mas há diversas outras questões que são consideradas "linhas de falha" pela autora e que são transmitidas de geração para geração. Permissividade demais gerando criaturinhas manipuladoras, mudanças constantes de endereço e de cidade provocando um desenraizamento perturbador, o testemunho constante de brigas entre pessoas que se dizem amar, promessas não-cumpridas, pais que trabalham excessivamente, a religião despertando culpas, a política induzindo a discordâncias e exílios, até mesmo uma boneca muito desejada que nunca chegou às nossas mãos: tudo o que nos aconteceu na infância ou o que não nos aconteceu acaba deixando marcas para sempre. Fazer o quê? Em vez de tentar escapar de certas lembranças, o melhor é mergulhar nelas e voltar à tona com menos desespero e mais sabedoria. Todos temos nossas dores de estimação. O que nos diferencia uns dos outros é a capacidade de conviver amigavelmente com elas.

Ilustração: Quadro de Salvador Dali: Baby Map of the World, 1939

Os Filhos

Os Filhos (Do Livro "O Profeta")
Gibran Kahlil Gibran

Uma mulher que carregava o filho nos braços disse: "Fala-nos dos filhos."
E ele falou:

Vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã,
Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força
Para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria:
Pois assim como ele ama a flecha que voa,

Ama também o arco que permanece estável.

A morte

A morte
Vinícius de Moraes

A morte vem de longe
Do fundo dos céus
Vem para os meus olhos
Virá para os teus
Desce das estrelas
Das brancas estrelas
As loucas estrelas
Trânsfugas de Deus
Chega impressentida
Nunca inesperada
Ela que é na vida
A grande esperada!
A desesperada
Do amor fratricida
Dos homens, ai! dos homens
Que matam a morte
Por medo da vida.

Aonde é que eu ia mesmo?

Aonde é que eu ia mesmo?

Às vezes estou no meu quarto e penso: vou à sala buscar meus óculos. Quando estou no corredor, já esqueci o que ia fazer na sala.
Uma vez escrevi uma crônica que se chamava "Coisa com coisa". Era sobre a minha vexaminosa tendência de trocar o nome das pessoas. Não apenas nomes de pessoas que mal conheço, mas também nomes de parentes. Parentes próximos, como filhos. Com o tempo, comecei a trocar também nomes de objetos, a me embaralhar com os verbos e a perder palavras que estavam na boca da língua. Desculpe, quis dizer na ponta da língua. Ou seja, passei a não dizer mais coisa com coisa.

Pois tenho novidades: piorei muito.

Às vezes estou no meu quarto e penso: vou à sala buscar meus óculos. Quando estou no corredor, já esqueci o que ia fazer na sala. Quando chego à sala, olho em volta e tento descobrir o que fui fazer ali. Não recordo. Fico feito uma barata tonta: "O que era mesmo?". Volto pro quarto de ré, pra ver se a memória é resgatada no rewind, feito fita rebobinada, mas não adianta. Dali a dois minutos, lembro: ah, eu ia pegar os óculos! Onde mesmo?

Tenho comentado isso com alguns amigos, na esperança de que me olhem com piedade e me recomendem um bom médico, mas o que mais escuto é: "Comigo tem sido a mesma coisa". Pesquisei com conhecidos dos 19 aos 90 anos. Com todos tem sido assim. Alzheimer geral. Tem alguma coisa errada, e não é só comigo.

Li recentemente uma matéria que associa a falta de memória com a falta de sono. É uma teoria. Os especialistas entrevistados para a matéria recomendam que a gente não abra mão de dormir oito horas seguidas. Dizem que isso não é balela, que ajuda mesmo o cérebro a descansar e a retomar as tarefas do dia seguinte com funcionamento pleno. Maravilha. Oito horas de sono. Me explique como.

Eu apago a luz cedo. Antes da meia-noite. Às vezes às 22h30min. Tenho perdido o Saia Justa por causa disso. O Manhattan Connection. A minissérie Queridos Amigos. Meu sono está me emburrecendo, mas quando os olhos pesam, não há outra saída a não ser capitular. Desligo o abajur e apago junto na mesma hora. Só que às 4h da matina minha cabeça acorda sozinha! A cabeça, essa maldita. Ela então faz um apanhado geral dos problemas a serem resolvidos no dia seguinte. Na verdade, nem problemas são, mas durante a madrugada qualquer unha encravada vira um câncer terminal. Você sabe como é, a noite potencializa o drama. Então fico eu ali fritando nos lençóis, pensando, pensando. Verbo desgraçado: pensar.

Quando consigo pegar no sono de novo, o despertador faz o seu serviço: me desperta. Cedíssimo: hora de levar os filhos (o nome deles, mesmo?) ao colégio. Há quem tenha reunião no escritório. Outros, massagem. Outros precisam ir para a parada de ônibus. Quem consegue hoje em dia dormir oito horas de sono cravado? Os milionários, e nem eles, eu acho.

Tampouco tenho sonhado. Não há sono suficiente para criar uma historinha com começo, meio e fim. Freud teria dificuldade em trabalhar hoje em dia: dorme-se pouco. E lembra-se menos ainda. Fim de era para o descanso e a memória. Do que eu estava falando mesmo?

A solução é mudar a rotina. Ver menos televisão. Ter menos obrigações. Morar em lugares mais silenciosos. Ter menos vida noturna. Menos compromissos. Menos agenda. Menos e-mails. Menos contatos profissionais, mais amigos. Menos trabalho, mais férias. Menos filhos: é difícil decorar dois nomes. Filho único é mais fácil. E deixar de frescura e pendurar logo aquele troço medonho que prende as hastes dos óculos ao nosso pescoço.

Martha Medeiros
ZEROHORA.com 02 de março de 2008 n° 15527
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