No dia 13 de maio de 1888, uma senhora de 41 anos, portando uma caneta banhada a ouro assinava um dos documentos mais importantes da História do Brasil - a Lei Áurea, que dava liberdade a todos os escravos.
Por detrás de sua assinatura havia o clamor de diversas pessoas, que lutaram junto com ela para que tal lei fosse implantada.
Através deste ato, seu nome ficaria definitivamente na História.
Na euforia e no entusiasmo pelo seu dia de glória, só ouvia a Princesa os louvores e os aplausos - Viva Isabel I.
Coroando a atitude da "Redentora" faltava a benção da Igreja, com a Rosa de Ouro, concedida à Princesa pelo Papa Leão XIII, em 28 de setembro de 1888.
Mas a elite cafeeira não aceitava a Abolição.
Cotegipe, ao cumprimentar a Princesa, vaticinou:
"Vossa Alteza libertou uma raça, mas perdeu o trono".
É certo que o mérito não foi apenas dela, mas seu interesse pela causa foi de fundamental importância.
Os fazendeiros escravocratas, sustentáculos da política imperial, abandonaram o Imperador após a abolição. E disso já sabia muito bem Isabel antes de assinar a Lei Áurea.
Em outras palavras, optando pela Abolição, D. Isabel talvez tenha optado também, involuntariamente, pelo avanço do republicanismo e o agravamento das relações entre a elite dirigente brasileira, mormente a aristocracia rural, e a Realeza.
Contudo, é ela própria quem nos dá a resposta a isso:
Contudo, é ela própria quem nos dá a resposta a isso:
"Se mil outros tronos eu tivesse, mil eu perderia para por fim à escravidão!"
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