Receber o inevitável serenamente,
Depositar ao leito do regato antigos pudores,
Aceitar o que a vida nos reserva inteiramente.
É existir sem temor de ser feliz.
É existir sem temor de ser feliz.
É padecer e abrigar a angústia da alma
Tendo ciência que somos meros aprendizes.
Intentar não perecer, mantendo a calma.
Rebuscando meu baú encontrei registros
Rebuscando meu baú encontrei registros
Induziram-me a repensar quantos atos impensados.
De que adiantou tanta vigilância? Tudo era sinistro.
Não tive muitas opções, aceitei meus fardos.
O temor... a dor foi inevitável.
Girei entre a loucura e a sanidade,
Gritei por paz, por amor inesgotável.
Repensando a vida... grito por serenidade.
Imagem: Quadro de Salvador Dali - Solitude, 1931
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